Hoje o assunto no blog é coisa séria! Está
circulando, desde o fim do ano passado, na internet, o resultado de uma
pesquisa feita pela Rochester University que concluiu que a Dieta Sem
Glúten e Sem Leite não mostra cientificamente nenhum resultado efetivo
no padrão de comportamento de crianças autistas. Essa pesquisa tem sido
espalhada por diversos veículos internacionais e foi traduzida para o português e está circulando pelo nosso país em alguns blogs.
Ao tomarmos conhecimento do artigo e da circulação no país,
conversamos sobre o assunto no grupo de discussões sobre tratamentos
biomédicos para pessoas com autismo, o Autismo e Esperança e
resolvemos nos posicionar em nossos espaços para que todos saibam a
nossa opinião sobre esse estudo. A Cláudia Marcelino, autora do livro
Autismo Esperança pela Nutrição e estudiosa da dieta, já fez a sua parte
e vocês podem ler o depoimento dela aqui
A pesquisa feita nos EUA concluiu que a dieta não funciona porém há alguns pontos que devem ser revistos:

- No relato: “Depois da dieta de lanches com glúten e caseína, os
participantes do estudo não apresentaram mudanças na atenção, atividade,
sono ou frequência e qualidade dos hábitos intestinais. As crianças
apresentaram uma ligeira melhora na linguagem social e no interesse em
interação após os lanches com glúten e caseína na escala.” podemos
explicar fazendo novamente a comparação com a pessoa que era fumante:
nos primeiros dias a pessoa fica irritada, triste, inquieta, ansiosa,
tem diminuição da concentração, etc… e isse sintomas não passam tão
rápido de forma que um mês possa ser considerado um grande tempo para
avaliarmos uma pesquisa não é mesmo?

- Para se fazer um estudo sobre a eficácia da dieta, os cientistas deveriam, no mínimo, ter seguido algum protocolo,
obedecendo o tempo necessário e as instruções para que tudo desse certo
e não fazendo conforme eles pensam que daria o resultado. Como a
Cláudia Macelino disse em seu post, de acordo com o Protocolo de
Sunderland (protocolo que iniciou , é recomendado no mínimo de 3 meses de exclusão total de glúten e caseína (leite) para poder se fazer alguma avaliação e que após 5 meses de dieta há uma redução de apenas 25% dos peptídeos opióides na urina dos casos estudados.
Agora trazendo isso para uma realidade vivida nossa:

A dieta não cura uma pessoa com autismo mas com certeza ela traz qualidade de vida. Ela deixa as pessoas com autismo mais focadas e melhores preparadas para receber uma terapia. E é um tratamento natural… não é remédio, é comida! E não precisa ficar com dó de privar os filhos de comerem coisas gostosas pois existem inúmeras receitas saborosas na internet, em livros, é só pesquisar. Não vamos dizer aqui que é uma coisa super fácil de fazer mas vamos afirmar: VALE A PENA!
Vale a pena ir pra cozinha, vale a pena conversar com parentes e
pessoas cuidadoras sobre a importância de seguir rigorosamente a dieta e
não escapulir, vale a pena enfrentar preconceitos de quem não entende
os benefícios que esse tratamento proporciona.
Temos que lembrar também que muitas mães precisam tirar o açúcar e todas devem tirar os corantes (que fazem mal pra todos nós, inclusive os neurotípicos), conservantes, utilizar de preferência alimentos orgânicos e também dar preferência a alimentos feitos em casa, sem glutamato monossódico, aspartame, edulcorantes e outros produtos químicos.

É vida saudável pra toda a família!

Então, fiquem com o depoimento da mamãe e do papai sobre a mudança da vida do Lu e nossa depois desse divisor de águas que é a dieta!
Depoimento de Eliana Sarkis Coelho – Mãe do Luiz Júnior
Eu
adepta da dieta? Sim, hoje sou adepta da dieta sem glúten, sem
corantes, sem lactose, sem caseína, sim senhores. Depois da resistência a
esse convite fui colocada de lado em minha casa pois minhas filhas, que
estudam o autismo, insistiam para que eu aplicasse em nosso Luiz
Júnior. Eu, resistente a mudanças, logo de cara não topei. Pois o que
ele comeria? Se eu tirasse o leite, o quibe sem o trigo ficaria sem
graça, sendo que ele só mamava e comia o quibe e mijadra, um prato árabe
(arroz com lentilhas). E o suco verde? Será que ele tomaria? Mesmo
sabendo que poderia lhe trazer benefícios, trocar o certo pelo duvidoso
me assustava. Meu marido então, logo topou a proposta e colocou em
prática. Eu então, com medo do Luiz Júnior passar fome, a única coisa
que eu podia fazer, era correr em farmácias e procurar um leite pelo
menos que não tivesse lactose.
Munida de um óculos de grau fui a pesquisa e acabei encontrando o Pediasure. Este leite correspondia ao que eu procurava. Trouxe logo para casa, para garantir que meu filho não ficasse sem comer. Aí comecei a entender o que era a dieta. Não era ser radical e tirar tudo. Fui então vendo que existia muita responsabilidade naquilo que estava acontecendo. Em primeiro lugar não se tira tudo de uma vez e coloca outro no lugar de uma vez. Tudo acontece substituindo um e tirando o outro devagar até a pessoa se adaptar. ACALMEI! Vi que não há fome, é uma questão de paciência. Por que toda mãe tem medo da fome? Será que eu teria coragem de deixá-lo sem seus alimentos? Meu marido foi gradativamente tirando o trigo do quibe e aumentando as lentilhas batidas na mesma proporção, então vai-se acostumando com o novo sabor sem perceber. Poderia, Luiz Júnior, nessa mudança encontrar resistência, ficar nervoso, que é normal, pois o organismo pede o glúten, aquele que faz mal para nossos filhos, provocando dor terrível de barriga, cólicas de agachar no chão e para tomar remédio, há, também é difícil né?

Munida de um óculos de grau fui a pesquisa e acabei encontrando o Pediasure. Este leite correspondia ao que eu procurava. Trouxe logo para casa, para garantir que meu filho não ficasse sem comer. Aí comecei a entender o que era a dieta. Não era ser radical e tirar tudo. Fui então vendo que existia muita responsabilidade naquilo que estava acontecendo. Em primeiro lugar não se tira tudo de uma vez e coloca outro no lugar de uma vez. Tudo acontece substituindo um e tirando o outro devagar até a pessoa se adaptar. ACALMEI! Vi que não há fome, é uma questão de paciência. Por que toda mãe tem medo da fome? Será que eu teria coragem de deixá-lo sem seus alimentos? Meu marido foi gradativamente tirando o trigo do quibe e aumentando as lentilhas batidas na mesma proporção, então vai-se acostumando com o novo sabor sem perceber. Poderia, Luiz Júnior, nessa mudança encontrar resistência, ficar nervoso, que é normal, pois o organismo pede o glúten, aquele que faz mal para nossos filhos, provocando dor terrível de barriga, cólicas de agachar no chão e para tomar remédio, há, também é difícil né?
Mas nada disso aconteceu de fato. O que
me mostrou foi ao contrário. O Luiz Júnior ficou calmo, mais tranqüilo,
as dores de barriga começaram a se espaçar, começou-se a fazer diálogo
que era raro e quase não existia. As pessoas começaram a perceber a
mudança no comportamento dele. Hoje a qualidade de vida dele é tão
grande como a de todos que estão a sua volta. Só tenho a agradecer a
Deus, as minhas filhas e ao meu marido por me colocar de escanteio.
Aprendi a aceitar mudanças e sendo para o bem é só experimentar. Vi, que
de um escanteio saiu o maior goool da minha vida. Somos um time
vitorioso, brasileiro e com uma camisa 11 sensacional. Bom de bola, bom
de papo e bom na escola. De vez em quando ele comia alguma coisa que não
podia e logo era visível a sua mudança, acho que até ele aprendeu a
respeitar a dieta, pois até ele se sente bem, com certeza. Você é o que
você come. Para os autistas esse é um dos caminhos mais importantes.
Faço e aconselho, para quem quiser ter uma vida cheia de alegrias. Pelo
menos tentem, se não der certo voltem ao normal e tentem outros
caminhos. Jesus os abençoem
Eliana
Eliana
Depoimento de Luiz Augusto Cipriani Coelho – pai do Luiz Júnior

Estamos sempre tentando alguma coisa em função do bem estar do lu e para podermos criar uma nova forma de aplicar a dieta. Não estou aqui para vender alguma forma de tratamento pois não tenho patente sobre a dieta e não vou ganhar nada com isto. O que me deixa indgnado é que algumas pessoas, para valorizar seus metodos e tirar proveito deles em beneficio proprio, querem desmerecer metodos mais aquiceciveis fazendo campanha para que estes fiquem no descrédito. Minhas filhas são pessoas do bem e infomam com amor no coração. Agradeço a Deus por termos contado com elas na nossa batalha diaria pelo Lu. Tentem a dieta mas não por uma semana ou duas.O resultado pode demorar um pouco. Bem menos do que o tempo que seu filho esta sofrendo sem ele. No começo vai ser dificil como quando introduzimos o suco verde em sua dieta demorava ate 3 horas para tomar um copinho pequeno e hoje toma uma quantidade bem maior sozinho. Um dia pusemos beterraba no suco e quando levamos ele perguntou onde estava o suco verde pois aquele era vermelho. Falamos que era por causa da beterraba e ele aceitou. Não desanime pois quando isto acontecer pense que esta fazendo tudo por um pedaço de você o retono sera a sua compensação.
Dê crédito as pessoas que se deram bem com seus filhos e não foram egoístas como a pessoa que criou esta dieta e teve a nobreza de dividir conosco seus conhecimentos. Desconfie de pessoas que criticam gratuitamene as coisas sem conhecimento de causa somente para benefício próprio. Vamos tirar tudo que for de mellhor para nossos filhos, seja o método que for, pois não estamos em um concurso de quem é o melhor pois isto nos ja sabemos: são os nossos filhos, e para eles muito amor compreenção e persistencia para uma boa QUALIDADE DE VIDA.
Fiquem com Deus
Então, como podem ver, a dieta é muito importante para nossa família, principalmente pro Luiz Júnior. Devemos lembrar aqui e frisar bastante que toda dieta deve ser acompanhada de um médico especialista e de um nutricionista para que o corpo receba os nutrientes que precisa de forma equilibrada.
Se tiver vontade de tentar, estude, pesquise, vá para a
cozinha. Agora, uma coisa é fato: ao depararmos com pesquisas, textos,
artigos, anúncios, etc veiculados na televisão, no rádio, jornal e
principalmente na internet onde a informação se espalha de forma rápida,
temos o papel de pesquisar e saber os dois lados da moeda
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